Pandemias através da história: qual matou mais pessoas

Desde os tempos antigos até os dias de hoje, as pandemias moldaram o curso da história, afetaram civilizações inteiras e ensinaram lições valiosas sobre saúde, ciência e sociedade. E, ao contrário do que muitos pensam, pandemias não são fenômenos recentes. Elas já aconteciam séculos antes da COVID-19 e, infelizmente, continuarão a acontecer.

Neste artigo, você vai conhecer as cinco maiores pandemias da história, com base no número de mortes causadas e no impacto que tiveram no mundo. Algumas dessas doenças ainda estão entre nós — e uma delas, surpreendentemente, não é a COVID-19.

O que é uma pandemia?

Antes de falarmos sobre os exemplos mais catastróficos, vale entender: pandemia é uma epidemia de grande escala, que atinge várias regiões do mundo simultaneamente. Ela envolve uma doença infecciosa — ou seja, que pode ser transmitida de pessoa para pessoa — e se espalha rapidamente devido à movimentação humana, seja por comércio, migração ou viagens.

Por que as pandemias estão se tornando mais comuns?

Na pré-história, os humanos viviam em pequenos grupos nômades, o que dificultava a propagação de doenças. Com o surgimento das cidades, das rotas comerciais e, mais recentemente, da globalização, os patógenos ganharam terreno. Hoje, um vírus pode viajar do outro lado do planeta em menos de 24 horas, dentro de um avião.

As mudanças climáticas, o desmatamento e o contato com animais silvestres também aumentam o risco de novas doenças emergirem. Por isso, compreender o passado é essencial para prevenir o futuro.

1. A Praga de Justiniano (541–750 d.C.)

Mortes estimadas: 30 a 50 milhões de pessoas

Tudo começou no ano 541, em Constantinopla, a maior cidade do mundo naquela época. Uma misteriosa doença começou a se espalhar, trazendo febre, calafrios e mortes rápidas. A situação ficou tão crítica que, em seu auge, a praga matou cerca de 5 mil pessoas por dia apenas em Constantinopla.

Essa pandemia foi causada pela bactéria Yersinia pestis, transmitida por pulgas infectadas que viviam em ratos — comuns em cidades com pouca higiene e saneamento. A doença percorreu rotas comerciais por navios, atingindo grande parte da Europa, Ásia e Norte da África, matando entre 10% e 15% da população mundial da época.

Nota: Essa foi a primeira pandemia registrada da peste bubônica.

2. A Peste Negra (1347–1353)

Mortes estimadas: 75 a 200 milhões de pessoas

A Peste Negra foi a maior e mais letal pandemia da história. Causada pela mesma bactéria da Praga de Justiniano, ela retornou de forma ainda mais devastadora cerca de 800 anos depois.

A doença chegou à Europa em navios vindos da Ásia e se espalhou rapidamente pelas cidades medievais. Sem antibióticos, os infectados apresentavam inchaços escuros nos linfonodos (axilas, pescoço e virilhas) e morriam em menos de uma semana.

O impacto foi profundo: cerca de 40% da população europeia morreu. Além disso, houve crise econômica, colapso social, perseguições e mudanças profundas na relação da sociedade com a ciência e a religião.

Nota: Foi nessa época que surgiu o termo “quarentena”, em referência aos navios que ficavam 40 dias ancorados antes de desembarcar.

3. A Pandemia de Varíola nas Américas (a partir de 1520)

Mortes estimadas: 56 milhões de pessoas

Tudo começou no ano 541, em Constantinopla, a maior cidade do mundo naquela época. Uma misteriosa doença começou a se espalhar, trazendo febre, calafrios e mortes rápidas. A situação ficou tão crítica que, em seu auge, a praga matou cerca de 5 mil pessoas por dia apenas em Constantinopla.

Essa pandemia foi causada pela bactéria Yersinia pestis, transmitida por pulgas infectadas que viviam em ratos — comuns em cidades com pouca higiene e saneamento. A doença percorreu rotas comerciais por navios, atingindo grande parte da Europa, Ásia e Norte da África, matando entre 10% e 15% da população mundial da época.

Nota: Essa foi a primeira vitória global da vacinação em massa.

4. A Gripe Espanhola (1918–1919)

Mortes estimadas: 40 a 50 milhões de pessoas

A Gripe Espanhola, causada pelo vírus H1N1, surgiu no final da Primeira Guerra Mundial e se espalhou rapidamente por um mundo ainda abalado e com sistemas de saúde precários. O vírus atingia principalmente adultos jovens, o que aumentou ainda mais o impacto social e econômico.

Apesar do nome, a gripe não surgiu na Espanha. O país, que era neutro na guerra, foi um dos poucos a noticiar abertamente a pandemia, fazendo com que muitos acreditassem que o surto havia começado lá.

Com hospitais lotados e falta de medicamentos eficazes, os governos adotaram medidas de contenção, como fechamento de escolas, uso de máscaras e isolamento social — algo bem familiar para nós, não?

Nota: Já naquela época existiam fake news, como a ideia de que chocolate prevenia a doença.

5. A Pandemia de HIV/AIDS (1981 – presente)

Mortes estimadas: mais de 40 milhões de pessoas

Pouca gente associa a AIDS a uma pandemia, mas ela é, sim, uma das maiores da história. Desde os anos 1980, o vírus HIV já matou mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo — e ainda não tem cura.

O vírus é transmitido principalmente por contato sexual desprotegido, compartilhamento de seringas e transfusões com sangue contaminado. No Brasil, a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e o acesso gratuito a medicamentos fizeram do país um exemplo mundial no combate ao HIV.

O combate ao preconceito, a educação sexual e o acesso à camisinha são as maiores armas que temos até hoje contra a AIDS.

Nota: A vacina contra o HIV ainda não existe, mas os avanços em tratamento têm salvado milhões de vidas.

O que podemos aprender com essas pandemias?

Maiores pandemias da história infográfico

As pandemias mostram como a ciência, o acesso à saúde pública e a educação são fundamentais para a sobrevivência da humanidade. Do surgimento do saneamento básico ao desenvolvimento de vacinas, cada avanço foi motivado por tragédias que não queremos repetir.

Estamos vivendo uma era em que pandemias podem surgir com mais frequência. Porém, agora temos mais ferramentas para enfrentá-las — desde o rastreamento genético de vírus até vacinas de RNA mensageiro, como as usadas contra a COVID-19.

A história deixa claro: esperar não resolve. A ação coletiva, baseada em ciência, salva vidas.

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